Enquanto puder...
Saber que te tenho a meu lado. Acordar e saber o cheiro que deita o teu bafo. Olhar-te nos olhos e atravessar-te. Percorrer-te a alma, viajar no mundo. Fechar os olhos apenas por meio milésimo de segundo e sentir toda a tua força. Sentir-te as mãos e a força que tenta com que fique para sempre. Tocar-te na pele e sentir-te o sangue frio percorrer-te as veias. Sentir passar uma emoção num coágulo do antebraço e ali ficar a tentar descortinar o que te passa pela cabeça enquanto aguardas que feche novamente os olhos.
É impossível. Um dia terás só para ti os restos do que alguma vez fui. Hoje não. Hoje não fecho os olhos por mais nenhum período de tempo, por mais curto que seja.
Levanto-me de madrugada. Deixo-te ali deitada… como todos te imaginam… num estado em que só eu te vi. Deitada, aninhada em teu extenso manto preto. Sabes que não posso fugir durante muito mais tempo. Por isso a foice descansa longe de nós.
Enquanto puder fico por aqui. Enquanto eu me ajudar a mim próprio lutarei por mim… por todos os que acreditam em mim e aguardam que me levante daquela cama de hospital…
Vou à janela. Sento-me com vista privilegiada por toda Lisboa.
Enrolo um charro e queimo a ponta.
Render-me? Nunca. Sempre pelo que penso. Rendo apenas à noite e ao sabor intenso que por mim entra e a mim me toma por completo.
Amanha cá estaremos. E por cá ficaremos enquanto por mim aguardarem...
Saber que te tenho a meu lado. Acordar e saber o cheiro que deita o teu bafo. Olhar-te nos olhos e atravessar-te. Percorrer-te a alma, viajar no mundo. Fechar os olhos apenas por meio milésimo de segundo e sentir toda a tua força. Sentir-te as mãos e a força que tenta com que fique para sempre. Tocar-te na pele e sentir-te o sangue frio percorrer-te as veias. Sentir passar uma emoção num coágulo do antebraço e ali ficar a tentar descortinar o que te passa pela cabeça enquanto aguardas que feche novamente os olhos.
É impossível. Um dia terás só para ti os restos do que alguma vez fui. Hoje não. Hoje não fecho os olhos por mais nenhum período de tempo, por mais curto que seja.
Levanto-me de madrugada. Deixo-te ali deitada… como todos te imaginam… num estado em que só eu te vi. Deitada, aninhada em teu extenso manto preto. Sabes que não posso fugir durante muito mais tempo. Por isso a foice descansa longe de nós.
Enquanto puder fico por aqui. Enquanto eu me ajudar a mim próprio lutarei por mim… por todos os que acreditam em mim e aguardam que me levante daquela cama de hospital…
Vou à janela. Sento-me com vista privilegiada por toda Lisboa.
Enrolo um charro e queimo a ponta.
Render-me? Nunca. Sempre pelo que penso. Rendo apenas à noite e ao sabor intenso que por mim entra e a mim me toma por completo.
Amanha cá estaremos. E por cá ficaremos enquanto por mim aguardarem...
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