Mais uma reforma?...
Actualmente, e apesar das várias tentativas de “semiprivatização” do serviço nacional de saúde, a maioria da assistência continua a ser prestada nos serviços públicos, contribuindo não só para o congestionamento, mas também para a deterioração
da qualidade dos serviços prestados.
Ora, como tentar mudar esta tendência sem dar aos privados o ouro com que sempre sonharam? Colher todos os benefícios da privatização do sistema de saúde, obtendo lucro, fruto da “boa” gestão dos gestores privados.
Como fazer com que os utentes optem pelo opting out, saída do sistema actual, gerindo melhor as suas necessidades de assistência, acorrendo aos serviços privados sempre que necessário sem que o preço a pagar incremente exponencialmente?
A nível nacional, são já bastantes as empresas que, quer pela sua grande dimensão quer pela sua preocupação com os employees benefits, primam pela qualidade no emprego dos seus trabalhadores, oferecendo como complemento de salários os mais variados tipos de seguro.
A nível de saúde, os seguros disponibilizados pelas empresas aos seus colaboradores variam muito, quanto ao preço e quanto à cobertura, dependendo da qualidade/dimensão da empresa. Sendo certo que as maiores empresas tendem a oferecer melhores condições comparativamente, sendo também certo que os administradores e todo o tipo de directores usufruem de condições especiais.
Algumas são as empresas que também investem em seguros de vida que, pela sua forma, transferem o risco de investir em seguradoras, dos trabalhadores e estado, para as próprias empresas. Permitindo criar um suplemento adicional na reforma dos trabalhadores.
A nível da saúde, começa a tornar-se necessário criar, em Portugal, incentivos para a existência de complementos ao nível da assistência, adicionalmente aos já obrigatórios seguros de acidentes de trabalho.
Não se tratando de reduzir o papel do estado, um modelo novo consistiria em criar incentivos ao opting out e não criar desincentivos à escolha dos serviços públicos.
Urge, então, criar na sociedade empresarial portuguesa a necessidade de servir melhor os seus trabalhadores, tornando os employees benefits um factor de diferenciação.
Até quando teremos de esperar, para que as nossas melhores empresas sigam este caminho, desbravando terreno a todo o tecido empresarial português?
Luís Miguel Teixeira

da qualidade dos serviços prestados.
Ora, como tentar mudar esta tendência sem dar aos privados o ouro com que sempre sonharam? Colher todos os benefícios da privatização do sistema de saúde, obtendo lucro, fruto da “boa” gestão dos gestores privados.
Como fazer com que os utentes optem pelo opting out, saída do sistema actual, gerindo melhor as suas necessidades de assistência, acorrendo aos serviços privados sempre que necessário sem que o preço a pagar incremente exponencialmente?
A nível nacional, são já bastantes as empresas que, quer pela sua grande dimensão quer pela sua preocupação com os employees benefits, primam pela qualidade no emprego dos seus trabalhadores, oferecendo como complemento de salários os mais variados tipos de seguro.
A nível de saúde, os seguros disponibilizados pelas empresas aos seus colaboradores variam muito, quanto ao preço e quanto à cobertura, dependendo da qualidade/dimensão da empresa. Sendo certo que as maiores empresas tendem a oferecer melhores condições comparativamente, sendo também certo que os administradores e todo o tipo de directores usufruem de condições especiais.
Algumas são as empresas que também investem em seguros de vida que, pela sua forma, transferem o risco de investir em seguradoras, dos trabalhadores e estado, para as próprias empresas. Permitindo criar um suplemento adicional na reforma dos trabalhadores.
A nível da saúde, começa a tornar-se necessário criar, em Portugal, incentivos para a existência de complementos ao nível da assistência, adicionalmente aos já obrigatórios seguros de acidentes de trabalho.
Não se tratando de reduzir o papel do estado, um modelo novo consistiria em criar incentivos ao opting out e não criar desincentivos à escolha dos serviços públicos.
Urge, então, criar na sociedade empresarial portuguesa a necessidade de servir melhor os seus trabalhadores, tornando os employees benefits um factor de diferenciação.
Até quando teremos de esperar, para que as nossas melhores empresas sigam este caminho, desbravando terreno a todo o tecido empresarial português?
Luís Miguel Teixeira
2 comentários:
Meu caro Luís!
Quando as empresas por qualquer motivo, o que é comum nos dias de hoje, reduzem os seus lucros, vão de imediato tentar reduzir o efeito internamente, um dos muitos casos, é exactamente a renegociação dos contratos celebrados com os seguros de saúde; retirando cláusulas e dilatando prazos de utilização dos utentes, assim, estando de acordo com o que o Luís diz, é primordial uma cláusula de salvaguarda, que não permita às empresas depois de obterem os incentivos ao opting out, reduzi-los, a seu belo prazer.
Um abraço.
obrigada pela visita lá ao cantinho da ouvinte!
volta sempre! ;)
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