LEDA LIDA
Ah!, nada me resta que um fino manto
Sobre este corpo cansado em leda lida!
Nesta sala vazia, de nua nudez vestida
Paredes pingadas dum encantado canto
Voz que me ouça, silêncio que me diga!
Outra dor!, essa que me seque o pranto
Meu morto corpo esquecido num canto!
Ausência que me acompanha nesta vida
Oh meu amor!, em ti nua me derramo!
Que minhas chagas, feridas dolorosas,
Em teus braços sejam ramos de rosas!
E abandonada nesta dor que tanto amo
Uma lágrima, orvalho em pedra escura
E tua, minh' alma tão pobre e tão pura!
Miriam Luz
11 de Abril de 2006
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" Ratos. Que te comam. Que te esventrem e te suguem as entranhas. Que te enterrem meio vivo para pensares um pouco "
quinta-feira, novembro 2
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2 comentários:
Não sou muito versado em poesia mas parece-me que está aqui um belo poema. Será a Miriam Luz poetisa conhecida? Se não é, parece-me que o merecia ser.
E é preciso que se reúnam várias condições, para se porem cá fora palavras assim tão bem escritas.
Diz o Mac Adriano, não ser versado. Que interessa isso? Interessa sim, se gostamos e se a poesia nos atinge com esplendor. Tudo o resto, é gosto.
O meu sincero aplauso e um abraço.
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