Nasce em mim mais uma vontade de viver...
Seco as lágrimas na camisola da lã. Não se percebe em mim que chorei mais esta vez. Abro os olhos na escuridão.
O cheiro torna-se agora mais intenso e a realidade bicolor. Tudo preto, com rasgos de sangue bem vermelhos.
O quarto chega para viver. A vida não me chega para começar a sonhar. E à medida que as vozes se tornam mais intensas e as frases mais perceptíveis, a mensagem passa por mim, trespassa-me como se fosse a primeira vez que ouvisse este som.
Os joelhos encolhidos há tempo em demasia resistem ao primeiro ensaio. Caio desamparado.
Mas hoje acordei com mais uma vontade de viver. Ergo-me recostado às paredes húmidas. Abro os braços. Grito bem alto. Como na música que ecoa pela minha cabeça.
Rasgo-me no peito... Corto a pele que me desfigurou ao longo destes 2 anos.E com a vontade de viver nasce por trás a revolta. E com a revolta vai-se a vontade de viver. E desamparado mais uma vez tombo de costas. A vida passa-me pela cabeça. A música atrofia-me a vontade.
Rasgo-me no peito... Corto a pele que me desfigurou ao longo destes 2 anos.E com a vontade de viver nasce por trás a revolta. E com a revolta vai-se a vontade de viver. E desamparado mais uma vez tombo de costas. A vida passa-me pela cabeça. A música atrofia-me a vontade.
Por agora permaneço aqui mais um pouco. Talvez para sempre, pois com a revolta foi-se mais esta ansiedade...
Luís Miguel Teixeira
3 comentários:
vim ler
gostei
boa tarde
E é este vicioso circulo que enreda e causa tantos males.
Gostei muito.
Abraço.
Muito obrigada pelos parabéns. Gostei muito do teu blog. Vou passar por cá mais vezes.
Enviar um comentário