Dissertação sobre as possíveis consequências de um mundo seguro globalizado
“Quer colocar os ovos todos num mesmo cesto ou dividi-los por cestos diferentes?”
Utilizada recentemente numa campanha publicitária de um banco português, esta ideia é básica e passa claramente a mensagem: “Diversificar o risco”.
E como diversificar o risco? Esse riscos pode ser feito a nível geográfico ou diversificação de produtos.
Usualmente é definida a globalização Globalização como a homogeneização dos centros urbanos, a expansão das corporações para regiões fora de seus núcleos geopolíticos, a revolução tecnológica na
s comunicações e na eletrônica, a reorganização geopolítica do mundo em blocos comerciais regionais, a hibridização entre culturas populares locais e uma cultura de massas supostamente "universal", entre outros.
Aplicado ao mundo do mercado Segurador é bem visível e é um dos principais motores da globalização, motivado sobretudo pela partilha do risco a nível mundial.
Neste mercado, onde o risco é omnipresente e as suas consequências nem de perto são estimáveis, a globalização permite o desenvolvimento dos mercados locais por diversas vias.
Em primeiro lugar, consideremos Portugal.
As grandes industrias no nosso País, em caso de um sinistro causado por acidente não previsto, correm o grave risco de fecharem as portas. Em caso de um incêndio de grandes proporções numa fábrica têxtil, a empresa pode não ter capacidade de repor a sua actividade e fechar as portas, levando consigo todos os seus trabalhadores.
Ora, para se prevenir esse risco, a empresa tem que ter os principais riscos segurados. Esses riscos podem ser imensos e bastante avultados em valor.
Tendo os seus riscos cobertos por seguradoras no mercado nacional a possibilidade de recuperar uma actividade após sinistro é bem maior. Caso não recupere, existem sempre as indemnizações para os trabalhadores.
Contudo, uma Seguradora em Portugal não consegue segurar todos os riscos de milhões de Euros. Assim sendo, existe parte do risco que a seguradora tem que passar para outra seguradora (resseguradora). E conforme a campanha publicitária do banco português, os ovos não podem ficar todos no mesmo cesto. É desta forma que a seguradora recorre a uma resseguradora noutro país da Europa. Por sua vez, não podendo esta garantir todo o risco, recorre a outra resseguradora, talvez no Japão. Esta por sua vez recorre a uma na América do Sul ou EUA.
Surge assim o fenómeno da globalização.
Apesar da globalização neste sentido, ajudar o desenvolvimento dos mercados pequenos ou locais ou mercados grandes com grande risco, as consequências podem ser devastadoras.
Consideremos agora o exemplo do 11 de Setembro.
“Nos dias que se seguiram aos atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos, advertências terríveis foram feitas com relação ao grupo de empresas que fornecia seguro de vida, seguro de ramos elementares e seguro de bens imobiliários a pessoas e empresas afetadas pelos trágicos eventos. “
Como normal e expectável, após o atentado, haveria que se activar os direitos que se tinham adquirido com o pagamento dos seguros. Finalmente o seguro serviria para alguma coisa. Não podiam fal
har as companhias agora quando era mais necessária a sua intervenção.
Os milhões de Dollars de indemnizações tiveram que ser pagos por companhias resseguradoras internacionais. O custo a pagar afectou todo o mundo.
Antes do 11 de Setembro, a probabilidade de as duas torres caírem simultaneamente era considerada muito baixa e pouco relevante para as seguradoras. Seriam uma hipótese meramente teórica. A resseguradoras não estavam preparadas para o montante de prejuízo finais.
As consequências de um atentado nos EUA alastram a todo o mundo.
Consequência Os mercados deixam de se conseguir segurar aos preços praticados até então. Para que o risco seja melhor protegido terá que se coberto a um preço maior, para se evitarem situações que embora difíceis podem acontecer Muitas empresas vão-se sub-segurar e em caso de sinistro vão ter maiores problemas em repor a actividade. Ou as empresas vão gastar mais dinheiro no pagamento dos seus seguros.
A percepção do risco seguro mudou com o ataque terrorista. No total, os prejuízos apurados no 11/09 elevaram-se a 50 mil milhões de euros. A reeseguradora Copenhagen Re faliu.
Todos estes pontos afectam o mercado financeiro mundial, sociedades, politicas.
A mensagem que tento passar neste pequeno texto ilustrador de ideias serve para observar o que nos rodeia. O efeito borboleta não é um mito. Um marmoto na Indonésia pode afectar de uma qualquer forma um trabalhador numa fábrica de Tomate de Castelo-Branco.
Porque não?
Todos conhecemos os riscos, resta saber geri-los.
Luís Miguel Teixeira
“Quer colocar os ovos todos num mesmo cesto ou dividi-los por cestos diferentes?”
Utilizada recentemente numa campanha publicitária de um banco português, esta ideia é básica e passa claramente a mensagem: “Diversificar o risco”.
E como diversificar o risco? Esse riscos pode ser feito a nível geográfico ou diversificação de produtos.
Usualmente é definida a globalização Globalização como a homogeneização dos centros urbanos, a expansão das corporações para regiões fora de seus núcleos geopolíticos, a revolução tecnológica na

Aplicado ao mundo do mercado Segurador é bem visível e é um dos principais motores da globalização, motivado sobretudo pela partilha do risco a nível mundial.
Neste mercado, onde o risco é omnipresente e as suas consequências nem de perto são estimáveis, a globalização permite o desenvolvimento dos mercados locais por diversas vias.
Em primeiro lugar, consideremos Portugal.
As grandes industrias no nosso País, em caso de um sinistro causado por acidente não previsto, correm o grave risco de fecharem as portas. Em caso de um incêndio de grandes proporções numa fábrica têxtil, a empresa pode não ter capacidade de repor a sua actividade e fechar as portas, levando consigo todos os seus trabalhadores.
Ora, para se prevenir esse risco, a empresa tem que ter os principais riscos segurados. Esses riscos podem ser imensos e bastante avultados em valor.

Contudo, uma Seguradora em Portugal não consegue segurar todos os riscos de milhões de Euros. Assim sendo, existe parte do risco que a seguradora tem que passar para outra seguradora (resseguradora). E conforme a campanha publicitária do banco português, os ovos não podem ficar todos no mesmo cesto. É desta forma que a seguradora recorre a uma resseguradora noutro país da Europa. Por sua vez, não podendo esta garantir todo o risco, recorre a outra resseguradora, talvez no Japão. Esta por sua vez recorre a uma na América do Sul ou EUA.
Surge assim o fenómeno da globalização.
Apesar da globalização neste sentido, ajudar o desenvolvimento dos mercados pequenos ou locais ou mercados grandes com grande risco, as consequências podem ser devastadoras.
Consideremos agora o exemplo do 11 de Setembro.
“Nos dias que se seguiram aos atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos, advertências terríveis foram feitas com relação ao grupo de empresas que fornecia seguro de vida, seguro de ramos elementares e seguro de bens imobiliários a pessoas e empresas afetadas pelos trágicos eventos. “
Como normal e expectável, após o atentado, haveria que se activar os direitos que se tinham adquirido com o pagamento dos seguros. Finalmente o seguro serviria para alguma coisa. Não podiam fal

Os milhões de Dollars de indemnizações tiveram que ser pagos por companhias resseguradoras internacionais. O custo a pagar afectou todo o mundo.
Antes do 11 de Setembro, a probabilidade de as duas torres caírem simultaneamente era considerada muito baixa e pouco relevante para as seguradoras. Seriam uma hipótese meramente teórica. A resseguradoras não estavam preparadas para o montante de prejuízo finais.
As consequências de um atentado nos EUA alastram a todo o mundo.
Consequência Os mercados deixam de se conseguir segurar aos preços praticados até então. Para que o risco seja melhor protegido terá que se coberto a um preço maior, para se evitarem situações que embora difíceis podem acontecer Muitas empresas vão-se sub-segurar e em caso de sinistro vão ter maiores problemas em repor a actividade. Ou as empresas vão gastar mais dinheiro no pagamento dos seus seguros.
A percepção do risco seguro mudou com o ataque terrorista. No total, os prejuízos apurados no 11/09 elevaram-se a 50 mil milhões de euros. A reeseguradora Copenhagen Re faliu.
Todos estes pontos afectam o mercado financeiro mundial, sociedades, politicas.
A mensagem que tento passar neste pequeno texto ilustrador de ideias serve para observar o que nos rodeia. O efeito borboleta não é um mito. Um marmoto na Indonésia pode afectar de uma qualquer forma um trabalhador numa fábrica de Tomate de Castelo-Branco.
Porque não?
Todos conhecemos os riscos, resta saber geri-los.
Luís Miguel Teixeira
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